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Cyclopyxis sp 1

Aspectos da Teca: Contorno circular (irregular) em vista ventral e hemisférica alta em vista lateral, com grandes dimensões. Revestimento de partículas de tamanhos variados com aspecto escuro e fosco, superfície rugosa, podendo apresentar material aderido no fundo. Abertura com 4-lobos digitiformes profundos, opostos e equidistantes e invaginados.

Dimensões  (em µm): Diâmetro= 313-340; Altura=178,5-182; Abertura=124-125. As medidas (n=2) não coincidiram com as espécies descritas e as razões encontradas foram: D/A= 1,8-1,9.

Local de coleta: Serrapilheira.

Distribuição: Brasil: região norte.

Observação: Os espécimes são semelhantes aos desenhos reportados por Couteaux & Chardez, 1981 (Figura D), que encontraram os espécimes em solos da Guiana Francesa e segundo a escala informada, as tecas apresentaram medidas acima de 200µ de diâmetro e abertura pouco invaginada, como os espécimes coletados em solos amazônicos. No entanto, os referidos autores identificaram como Cyclopyxis crucistoma Bartos, 1963 (Figura E), que descreveu essa espécie para exemplares coletados em musgos da Indonésia, os quais apresentaram medidas próximas de 120µ para o diâmetro, além de descreverem que a abertura estava localizada numa invaginação profunda, que alcança a ½ da altura da teca (não informado). O autor também descreve sobre a textura distinta da teca, com partículas menores e regulares na região próximo à abertura,  diferente das maiores nas bordas.

Como pode ser visto nas Figuras D e E, os desenhos apresentados coincidem somente pelo formato de cruz na abertura, e os exemplares coletados na região amazônica se assemelham ao espécime reportado para a Guiana Francesa (E), o qual não se trata de C. crucistoma, mas de um novo táxon.

(A)
(B)
(C)
(D)
(E)

C. sp1 – Figuras: (A e B): Vista ventral; (C): Lateral-oral – Exemplares da Reserva Ducke, Manaus/AM – (D): desenhos reportados por Couteaux & Chardez, 1981 e (E):  Cyclopyxis crucistoma Bartos, 1963 (sem escala).