Cyclopyxis lithostoma Bonnet, 1974
Aspectos da Teca: Contorno circular em vista ventral e hemisférica, em vista lateral. Revestimento com pedras pequenas, translúcida com superfície lisa e regular, aspectos que distinguem essa espécie. Abertura invaginada, localizada no fundo de uma “depressão” que converge para o PS circular-lobado. Na maior parte dos espécimes, o PS apresenta projeções arredondadas que convergem para o centro, produzindo um aspecto lobado, mas em alguns o PS fica pouco visível ou irregular. Nos espécimes de menor tamanho foi notado um “anel” que circunda na depressão do PS.
Dimensões e Média (em µm): Diâmetro=77-173 (118); Altura =41-116 (66); PS (medidas máximas)= 10-60 (27). A maioria das medidas (n=60) ficou abaixo das reportados pelo autor e a Razão D/A = 1,4-2,4 (1,8) ficou próxima daquela citada por Golemansky & Todorov, 2000.
Local de coleta: Comum na Serrapilheira, mas ocorre em musgos em rochas e solos.
Distribuição: África e Tailândia. Brasil: regiões centro-oeste, nordeste, norte, sul e sudeste.
Observação: Bonnet, 1974 cita apenas um valor médio do diâmetro = 152µ e para altura da teca = 2/3 do Diâmetro (n=20). Golemansky & Todorov, 2000 publicaram medidas ( n>50), com valor mínimo para o diâmetro=150µ e com a altura da teca próxima da 55% do Diâmetro. Minhas medidas mostraram populações de tamanhos inferiores à 150µ de Diâmetro e com altura variável, mas em média, com valores próximos aos últimos autores. Como os aspectos descritos para a espécie são muito distintos e coincidiram com os espécimes encontrados em várias regiões do Brasil, sugere-se que o espectro de tamanho desse táxon é maior do que aquele reportado para os continentes da África e da Ásia.
C. lithostoma – Figuras; (A e B): Vista ventral sendo (B): espécime com D<80 apresentando “anel” na borda do PS; (C a E): Lateral – Exemplares das zonas rurais de Augusto de Lima/MG, Florianópolis/SC, Serra dos Carajás/PA e São Félix do Tocantins/TO.